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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PROJETO HIPPIE LIMPO


AO INVÉS DO PODER PÚBLICO DE GAROPABA SE PREOCUPAR EM VOTAR  Projeto 78  QUE TEM COMO FUNDAMENTO O SUPER FATURAMENTO PESSOAL, DEVERIAM SE IMPORTAR  COM CAUSAS QUE ESTÃO AUMENTANDO A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL  E LEVANDO A UMA DECADÊNCIA GLOBAL. 
                                            




     Parte do Lixo coletado na trilha entre a praia da Vigia e Praia da Silveira canto norte. Além dos fundadores  da ONG Brunello e Culin  contamos com a presença ilustre e de extrema importância  de Augusto (guto), Toni (natural), Hector e Osni que ficou cuidando dos trampos da galera. Desde já obrigado pelo apoio e sucesso nas  vossas  caminhadas.

Dia 18 de Novembro de 2011

      A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas que de outro modo seriam tiradas da natureza. A ameaça de exaustão dos recursos naturais não-renováveis aumenta a necessidade de reaproveitamento dos materiais recicláveis.  A questão ambiental,  tornou-se um tema amplamente debatido em todos os meios, em vista da crescente  degradação ambiental existente atualmente e pelo fato de que um ambiente em equilíbrio reflete na qualidade de vida dos povos.   
         A maior parte desses resíduos é lançada a céu aberto , onde é degradado e absorvido pelo solo, entrando rapidamente em contato com rios, lagos e mares. Alem de toda poluição isso também  representa um enorme desperdício de matéria-prima e de energia, resultando numa grave extração  para produzi-lo novamente. Essa degradação ambiental ainda é agravada pela falta de planejamento ambiental. Tal questão, embora conflitante, precisa ser tratada com a seriedade que o caso merece, pois todos nós somos responsáveis pela preservação do meio ambiente e somente se começarmos pelo individual mudaremos o coletivo.

      Pessoal de Garopaba que gostariam de apoiar a causa, todas as semanas estaremos desenvolvendo algum tipo de atividade buscando o bem ambiental, porque o mais importante não é o bem pessoal de juntar um lixo ou joga-lo no seu devido lugar, nem também a pequena porcentagem que influenciará no contexto mundial,  mas sim o exemplo que passamos para quem nos observa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A GRALHA-AZUL (Cyanocorax caeruleus)


A gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é uma ave passeriforme da família dos corvídeos, com aproximadamente 40 cm de comprimento, de coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas têm a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral sejam menores.
Embora se diga que seu habitat é a floresta de araucárias do sul do Brasil, por força da dieta composta de insetos, frutos e pequenos invertebrados, esta ave não tem dependência restrita dessas florestas e sua área de distribuição abrange desde o sul do Estado do Rio de Janeiro para o sul, até o Estado do Rio Grande do Sul, sendo freqüente na Mata atlântica da Serra do Mar.
As gralhas-azuis são aves muito inteligentes só suplantadas pelos psitacídeos. Sua comunicação, bastante complexa, consta de pelo menos 14 termos vocais (gritos) bem distintos e significantes. Gregárias, as gralhas-azuis formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados, inclusive com divisão de clãs, bandos estes que se mantêm estáveis por até duas gerações.
No período reprodutivo que se inicia em outubro e se prolonga até março, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, preferencialmente na coroa central da araucária, quando lá existente. No ninho feito de gravetos, de cerca de 50 cm de diâmetro, em forma de taça, são postos 4 ovos, em média.
A gralha-azul é o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias frutificam, bandos de gralhas laboriosamente estocam os pinhões para deles se alimentar posteriormente. Neste processo, as gralhas-azuis encravam fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de putrefação, ou mesmo nas partes aéreas de raízes nas mesmas condições, local propício para a formação de uma nova árvore.
No folclore do estado do Paraná atribui-se a formação e manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como uma missão divina, razão porque as espingardas explodiriam ou negariam fogo quando para elas apontadas.
Como a floresta das araucárias tenha sido reduzida a cerca de 4% do que fora antes, a perpetuidade desta espécie de aves é vista com preocupação.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

QUERO-QUERO (Vanellus chilensis)

Quero-quero macho
O quero-quero (Vanellus chilensis), também conhecido por tetéu, téu-téu, ero-ero, terém-terém e espanta-boiada. é uma ave da ordem dos Charadriiformes, pertencendo a família dos Charadriidae. Muito popular no Brasil, vive em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. Seu nome é uma onomatopeia de seu canto.
Características:
Quero-quero fêmea
Mede 37 cm, peso 277 g. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 cm de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o vôo. Macho e fêmea são semelha. O som que parece soar “quero-quero”que da nome a ave é emitido dia e noite.
Alimentação:
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
Reprodução:
Ovos de quero-quero
são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.
 Hábitos:
Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.
Distribuição Geográfica:
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.

FONTES:
  • Helmut Sick, 1988. “Ornitologia Brasileira”.
  • Marco Antonio de Andrade, 1997. “Aves Silvestres - Minas Gerais”.
  • John S. Dunning & William Belton, 1993. “Aves Silvestres do Rio Grande do Sul”.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CORUJA-BURAQUEIRA (Speotyto cunicularia)


Nome Popular: Coruja-buraqueira
Nome Científico: Speotyto cunicularia
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Gênero: Speotyto
Espécie: Cunicularia
Postura: 7 a 9 ovos
Incubação: 28 a 30 dias
Habitat: Restingas e cerrados.
Hábitos Alimentares: Pequenos roedores, répteis e insetos.
Tamanho: 25 cm
Peso: 150 g
Envergadura media da asa: 55 cm
 
A coruja-buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, vivem nos buracos abandonados de tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais.
De porte pequeno, a Coruja-buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos, e pernas longas. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos.
É uma ave tímida, por isso, vive em lugares sossegados.
Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótima audição. Tem vôo suave e silencioso. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela tem que virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. Por alimentar-se de insetos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura. Come pequenos roedores (ratos), insetos e cobras. A coruja buraqueira anda sem destino enquanto caça, e depois de pegar sua presa vai para um puleiro, como uma cerca ou pousa no próprio solo. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer), mas caçará, se preciso, ao longo de 24 horas. A reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril.
O casal se revezando, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem, em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A Incubação dura de 28 a 30 dias e é executada somente pela fêmea. Enquanto a fêmea bota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes. Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho são tarefa do macho. Quando os filhotes estão com 14 dias podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando pelos adultos e pela comida. Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estão com 49 a 56 dias.
A coruja buraqueira tem hábitos diurnos. Alimenta-se de sernambis e maria-farinha encontradas na parte alta da praia e pequenos répteis dentre a vegetação rasteira de restinga. Constrói seu ninho sob a areia, através de um túnel com mais de um metro de profundidade.
Integrada nessa escala evolutiva do meio ambiente costeiro, a coruja buraqueira constrói seu ninho sob a areia da restinga, chegando a cavar em torno de um metro e meio de profundidade. A sua sobrevivência, bem como a dos seus filhotes, dependem da plena estabilidade do túnel que leva ao ninho que não pode desbarrancar... É necessário então que as paredes do túnel de areia estejam bem firme pela agregação dessa antiga substância deixada pelo mar, até o dia final da chocagem dos ovos e saída das corujinhas.
O ninho é construído sob o cordão arenoso, entre as ipomeias e guriris, área onde também a coruja caça, enquanto vigia sua loca.
Sua principal fonte de alimento nessa área e a lagartixa-de-areia (Liolaemus lutzae), espécie na lista oficial de extinção que habita a parte alta da praia junto aos ninhos.
O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina, essa espécie quase não tem predadores naturais. Entretanto, o danoso trânsito de carros bugres sobre a vegetação da praia é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar. Pois ao passarem sobre a "boca" dos ninhos, esses veículos soterram o túnel matando mãe e filhotes asfixiados debaixo da camada de areia em que se encontram.

 
            www.felipex.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

PUMA OU SUÇUARANA


NOME COMUM: Suçuarana, puma, onça-parda
NOME CIENTÍFICO:
Felis concolor 

NOME EM INGLÊS: Cougar/Mountain Lion/Puma
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Carnívora
FAMÍLIA: Felidae

CARACTERÍSTICAS:
Comprimento:
até 2,40 m
Altura: até 63 cm
Peso: até 100 Kg
Período de gestação: de 86 a 95 dias
Ninhada: 2 a 3 filhotes
Período de vida: 15 anos
A suçuarana também é conhecida como puma e onça parda. Conta-se que uma só suçuarana matou 15 carneiros selvagens durante uma saída para caçar. Por outro lado, ela raramente ataca o homem e tem tanto medo de cães que sobe em árvores para escapar deles quando a acuam.
A suçuarana ocorre nas Américas, desde o Canadá até quase o extremo da América
do Sul. Seu pelo é em geral bege rosado, mas pode ser cinza, marrom ou cor de ferrugem. O comprimento do pelo varia conforme o habitat - vai de curto a muito longo.
A suçuarana está à vontade em cima das árvores; equilibra-se com a cauda felpuda ao saltar de galho em galho.
A suçuarana é um animal solitário e prefere viver em lugares de difícil acesso - florestas, desertos e montanhas. Geralmente caça ao entardecer. O carneiro selvagem, o veado e o caititu constituem suas presas habituais. Os adultos se comunicam por meio de uma espécie de silvo estridente. A fêmea tem a cria em cavernas ou em cepos ocos. Os filhotes abrem os olhos com 10 dias e ficam com a mãe até os 20 meses.
 FONTE: www.saudeanimal.com.br

quarta-feira, 20 de julho de 2011

BUGIO

Nome Vulgar: BUGIO
Nome em inglês: Red Howler Monkey
Nome Científico:
Alouatta seniculusOutros Nomes: Guariba, barbado bugio e roncador.
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Espécies: 5
Subespécies: 21 do gênero Alouatta
Distribuição: Ocorrem desde as matas costeiras do sul do México até o Chaco e o sudeste brasileiro
Habitat: Uma variedade de ambientes que vai da floresta tropical úmida aos campos cerrados.
Hábito: Diurno
Comportamento: Grupo de até 10 indivíduos
Longevidade: 20 anos
Maturidade: Fêmea - 4 a 5 anos, Macho - 6 anos
Época reprodutiva: Durante todo o ano
Gestação: 4 a 5 meses
Desmame: 1,5 a 2 anos
Nº de filhotes: 01
Características: O corpo é forte e maciço. A cabeça, também maciça, nos machos parece ainda maior, devido aos longos pêlos que revestem o queixo, (por isso ele também é conhecido como macaco barbado) e ao grande desenvolvimento do osso hióide, em forma de cápsula, que funciona como caixa de ressonância. A cauda é muito musculosa, com a porção inferior da ponta desprovida de pêlos e dotada de grande sensibilidade. Enrola-se firmemente nos galhos e funciona como um quinto membro, sustentando o corpo por longos períodos de tempo, por exemplo, enquanto o animal se alimenta.
Cor: Sua coloração varia do preto ao vermelho. Em uma das espécies, encontrada no Brasil central (Alouatta caraya), os machos são completamente negros enquanto que as fêmeas e os filhotes apresentam colorido castanho-oliváceo (veja a foto ao lado).
Peso adulto: 5 a 9 Kg
Tamanho: até 70 cm de comprimento
Peso filhote: 120 a 130 g
Alimentação na natureza: Folhas e frutas
Alimentação em cativeiro: Frutas diversas, verduras e iogurte
Causas da extinção: Tráfico de animais. A espécie encontra-se ameaçada de extinção, principalmente devido à destruição de seu hábitat e também à caça indiscriminada. Sua carne e pele são muito apreciados pelos índios e caboclos.
Havia uma história interessante a respeito dos guaribas ( ougios). Quando o grito matinal desses macacos ecoava pela floresta amazônica, acreditava-se que eles estavam entoando um hino ao sol e que os gritos eram acompanhados por ritos que só os animais conheciam. Contudo, os naturalistas destruíram essa lenda. O guariba foi estudado de perto, em seu próprio meio, e logo se encontrou a razão de tais gritos. Sabe-se atualmente que esses macacos vivem em bandos e que os bandos se comunicam por meio de gritos.
O GRITO DO BUGIO
Há uma história interessante a respeito dos bugios (ou guaribas). Quando o grito matinal desses macacos ecoava pela floresta amazônica, acreditava-se que eles estavam entoando um hino ao sol e que os gritos eram acompanhados por ritos que só os animais conheciam. Contudo, os naturalistas destruíram essa lenda. O bugio foi estudado de perto, em seu próprio meio, e logo se encontrou a razão de tais gritos. Sabe-se atualmente que esses macacos vivem em bandos e que os bandos se comunicam por meio de gritos. Os bugios emitem uma série de sons: uivo, latido, gemidos, etc. Cada som tem um significado: perigo, um filhote perdido, um companheiro ferido, e muitos outros. De onde vem então a história do hino matinal? Como cada bando de bugio tem seu próprio território, os gritos servem para participar aos vizinhos os limites desse território, do qual os estranhos devem manter distância. Quando os dois bandos se encontram, sua hostilidade também é mostrada por meio de gritos. E vence quem gritar mais alto!

 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

                                   

Mudança Climática

O desmatamento é a segunda maior causa - após a queima de combustíveis fósseis - pela emissão de dióxido de carbono que acarreta o aquecimento global. As florestas captam dióxido de carbono da atmosfera e o transformam em biomassa, como as raízes, os troncos e as folhas. Toda vez que florestas são queimadas ou cortadas, o carbono armazenado nelas é liberado. As ações necessárias para pôr fim ao desmatamento e reduzir os efeitos das mudanças climáticas são de grande escala e exigem uma articulação entre as esferas política, econômica e científica. A conservação e a restauração da Mata Atlântica reduzem os impactos da mudança climática e beneficiam comunidades humanas, assim como plantas e animais.


Escassez e Poluição da Água

Florestas saudáveis agem como esponjas gigantes que sugam a água das chuvas e as liberam, gradativamente, nos rios. Elas também protegem os cursos d’água e mantêm sua qualidade ao reduzir sedimentos e filtrar poluentes. A perda da floresta contribui para a erosão, a diminuição da qualidade da água e as mudanças nos fluxos hídricos. Atualmente, a escassez de água atinge mais de 40% da população mundial (Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 2001). Milhões de brasileiros que vivem em metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, dependem da saúde das bacias hidrográficas para proteger os seus recursos hídricos. Comitês de grandes bacias- hidrográficas na Mata Atlântica começaram a coletar uma taxa pelo uso da água e a usar parte destes fundos para a conservação e a restauração dessas respectivas bacias.


Proteção de Áreas Públicas

Menos de 2% da área original da Mata Atlântica está protegida em unidades de conservação de proteção integral: parques nacionais, reservas biológicas e estações ecológicas. Esta área é insuficiente para assegurar a viabilidade ecológica de muitas espécies. Ações urgentes são necessárias para evitar a extinção de espécies. É importante trabalhar junto com os governos para estimular a criação de novas Unidades de Conservação (UCs) e implementar estratégias de gestão a fim de assegurar a conservação e a sustentabilidade destas áreas a longo prazo.


Proteção de Reservas Privadas

A maior parte da Mata Atlântica está nas mãos de proprietários privados. A criação de incentivos financeiros a proprietários de terra e organizações conservacionistas para a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma ação fundamental. Proprietários de terras podem voluntariamente proteger suas áreas de florestas de forma legal em perpetuidade e receber isenção fiscal por isso.


Desenvolvimento Sustentável

Comunidades rurais e tradicionais têm um importante papel na conservação e restauração das florestas. O emprego de métodos de produção sustentável em torno das unidades de conservação proporciona alternativas de renda sustentável para as populações locais e protege as florestas a longo prazo. A produção de artesanato, sementes, plantas medicinais, chás como erva-mate e outros produtos florestais não-madeireiros está crescendo rapidamente.



Fonte: http://www.pactomataatlantica.org.br/desafios-oportunidades.aspx?lang=pt-br

sábado, 16 de julho de 2011

JEQUITIBÁ




O jequitibá - Cariniana legalis -figura na relação das árvores mais altas do Brasil - tais como o jatobá, asapucaia, o angelim, a jaterena, a jenipaparana - sendo a maior da Mata Atlântica. Ele mede, em geral, de trinta a trinta e cinco metros, mas pode atingir até sessenta metros (altura de uma construção de vinte andares) sendo visualizado ao longe, quando atinge a idade adulta, muito acima das outras árvores. Por essa razão, os índios o denominaram gigante da floresta, emtupi-guarani.
O jequitibá tem o tronco cilíndrico, com uma casca muito grossa e dura, difícil de ser serrada, e apresenta sulcos profundos. Quando a madeira é envernizada fica na cor acaju. Formado por uma espécie de cápsula que abriga as sementes, o fruto é chamado canudo-de-cachimbo, por sua semelhança com o fornilho do cachimbo, a parte onde se deposita o tabaco. Na primavera, as folhas apresentam um tom avermelhado, e as flores podem ser brancas, vermelhas ou amarelas. Essa árvore é capaz de viver alguns milhares de anos.

Cabe ressaltar que a família das Lecitidáceas possui vinte e quatro gêneros, com cerca de quatrocentos e cinqüenta espécies, dentre as quais se destacam pelo nome jequitibá, várias árvores de grande porte. Neste sentido, os botânicos colocaram a denominação jequitibá e, em seguida, algum caráter típico dela, como a cor de sua madeira ou da flor. Logo, tem-se o jequitibá-vermelho (Cariniana estrellensis); o jequitibá-branco ou grande (Cariniana legalis); o jequitibá-roxo (Cariniana domestica); e o jequitibá de Mato-Grosso - que produz uma madeira branca, apropriada para a fabricação de caixotes e pastas para papel; e o jequitibá da manta - uma espécie da família dasLecitidáceas, muito ornamental, que possui uma copa ampla, a casca rugosa, e é nativa do Rio de Janeiro; entre outros.

Os quinhentos anos de colonização e a exploração desordenada exterminaram os jequitibás no Nordeste do Brasil. As árvores foram transformadas em materiais de construção e de mobiliário ou, simplesmente, foram derrubadas para gerar mais espaço para as plantações. No presente, os jequitibás podem ser vistos do Espírito Santo até São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.

      Há mais de cinqüenta e cinco anos, não são encontrados jequitibás no Estado de Pernambuco. Os últimos registros são datados de 1952, e estão nos arquivos da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Pernambuco (IPA). No primeiro, consta que o botânico italiano Adolpho Ducke (1876 - 1959) encontrou um jequitibá na Usina Mussurepe, em Paudalho, perto da Estrada de Aldeia, na Zona da Mata Norte do Estado, em um remanescente florestal; e, no segundo, que o botânico paraibano Dárdano de Andrade Lima (1919 -1981), que era curador do herbário do IPA, encontrou um outro no Engenho Itaboraí, em Paudalho/PE. Segundo esses dois pesquisadores, existiam muitos jequitibás na área onde, hoje, só restam dois, mas eles foram derrubados para se expandir a fronteira agrícola, e passaram a fazer parte das árvores em processo de extinção. No presente, podem ser encontrados apenas na Região Sudeste, e em alguns Estados vizinhos.


O jequitibá faz parte da cultura brasileira, tendo emprestado seu nome para ruas, cidades e parques. Em uma das novelas da TV Globo, além disso, representando a força de um fazendeiro, o ator Antônio Fagundes enterrou um facão em um pé de jequitibá. No que diz respeito à músicas, a árvore foi homenageada em Saudade da Minha Terra, de Goiá e Belmonte, cantores caipiras: ...vou escutando, o gado berrando, o sabiá cantando no jequitibá... E também foi cantada por José Ramos, sambista da Mangueira e parceiro de Cartola, que compôs a música Jequitibá, em dezembro de 2001: 

...Ô ô ô ô ô
O Jequitibá do samba chegou
Mangueira é uma floresta de sambistas
Onde o Jequitibá nasceu....


A madeira do jequitibá, além de servir para construção e mobiliário, é empregada na fabricação de papel, de estopa, e na calafetagem das embarcações. Em se tratando de remédios populares, a infusão de sua casca è utilizada para gargarejos, em afecções da boca e da garganta; sendo usada também como adstringente em diarréias e anginas.

              
No Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, no Estado de São Paulo, encontra-se um imenso jequitibá-rosa. Sua idade foi estimada em 3.050 anos e ele ainda frutifica. Na época  da construção do Parque, a árvore só não foi derrubada porque não se conseguiu um instrumento que pudesse fazê-lo.

O artista plástico Álvaro Apocalipse idealizou a bandeira de Minas Gerais e colocou o jequitibá no centro dela, dentro de um triângulo. O jequitibá-rosa, por sua vez, é a árvore símbolo do Estado de São Paulo. Essa árvore foi inserida no emblema do Partido Republicano Paulista, na histórica Convenção Republicana de Itu, em 1878; e também representa a Escola Paulista de Medicina. E, segundo a Lei Nº 6.146 08, de fevereiro de 2000, o dia 21 de setembro passou a ser comemorado, anualmente, como o dia estadual do jequitibá-rosa. O jequitibá, por sua beleza e imponência, foi escolhido, inclusive, como a árvore símbolo da fraternidade nacional.


Recife, 18 de setembro de 2008.


FONTES CONSULTADAS:


ÁRVORES SÍMBOLO. Disponível em: <http://www.floraefauna.com/arvores_simbolo.htm>. Acesso em: 5 mar. 2008.

CASOS de árvores. Disponível em: <http://www.arvores.brasil.nom.br/textos/casos/casos.htm>. Acesso em: 5 mar. 2008.

CORRÊA, Manuel Pio. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1926-1978.

ESTAMOS no caminho certo. Disponível em: <http://www.estradareal.org.br/cidad/onde_ir/index.asp?codigo=126>. Acesso em: 5 mar. 2008.

GRANDE Enciclopédia Barsa. 3. ed. São Paulo: Barsa Planeta Internacional, 2005.

JEQUITIBÁ. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Jequitib%C3%A1>. Acesso em: 5 mar. 2008.

JEQUITIBÁ. Jornal do Commercio, Recife, 5 de mar. 2008. Caderno Cidades, p. 6.

JEQUITIBÁ-ROSA. Disponível em: www.esalq.usp.br/trilhas/uteis/ut18.htm . Acesso em: 5 mar. 2008.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

IPÊ

        



        O ipê é uma árvore do gênero Tabebuia (antes Tecoma), pertencente à família das bignoniáceas, podendo ser encontrada em seu estado nativo por todo o Brasil. Há muitos séculos, o ipê - também chamado de pau-d’arco, no Norte vem sendo apreciado tanto pela excelente qualidade de sua madeira, quanto por seus efeitos ornamentais, decorativos, e até medicinais.
        
         A árvore do ipê é alta, bem copada e, no período da floração, apresenta uma peculiaridade: fica totalmente desprovida de folhas. Estas dão lugar às flores - amarelas-ouro, brancas ou roxas – que estampam belas manchas coloridas nas paisagens do País. O ipê floresce de julho a setembro e frutifica em setembro e outubro. Sua madeira é bela, de cor castanho-oliva ou castanho-avermelhada, e com veios resinosos mais escuros. Após o período da floração, aparecem as folhas digitadas, com 5 a 7 folíolos. No inverno, porém, a árvore se apresenta totalmente despida de folhas e flores.

     A madeira do ipê é muito valorizada. Por sua resistência, dureza e flexibilidade sempre foi considerada uma madeira-de-lei. Uma outra vantagem que ela possui é a de agüentar bastante a umidade. Desse modo, a sua madeira é utilizada em construções civis e navais (produção de quilhas), em edificação de pontes, na confecção de postes e dormentes, de tacos de assoalho, vigamentos, esteios, bengalas, entre tantos outros. O ipê também é plantado em parques e jardins, servindo para a arborização urbana.

         As diversas variedades de ipê recebem os respectivos nomes de acordo com as cores de suas flores ou madeira. Vale ressaltar que, de uma maneira geral, as bigoniáceas são distribuídas por 120 gêneros, com cerca de 800 espécies. As que mais se destacam, porém, são as seguintes:

  1. ipê-amarelo ou ipê comum (tecoma longiflora) – pode atingir 25 metros de altura, sendo bastante encontrado em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Goiás; 
  2. ipê-branco ou ipê-mandioca (tecoma Alba) – é encontrado nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná;
  3. ipê-tabaco (tecoma insignis) – a árvore é mais baixa que as demais, porém apresenta uma ramagem abundante;
  4. ipê-contra-a-sarna (tecoma impetiginosa);
  5. ipê-roxo ou ipê-rosa (tecoma heptaphylla) – é encontrado desde o Piauí até Minas Gerais, São Paulo e Goiás;

terça-feira, 12 de julho de 2011

O MAIOR PRIMATA DAS AMERICAS



NOME COMUM: Muriqui
OUTROS NOMES: Mono carvoeiro, Mono
NOME EM INGLES: woolly spider monkey
NOME EM ITALIANO: Murichi
NOME CIENTÍFICO: Brachyteles arachnoides
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primatas
GÊNERO: Brachyteles
FAMILIA: Atelidae
SUBFAMÍLIA:
CARACTERÍSTICAS:
Ameaça de extinção:
A espécie está seriamente ameaçada de extinção, classificada como em alto risco pela IUCN(1978), e USDI(1980) - apêndice 1 das CITES. Isto ocorre pela caça ilegal e pela destruição dao habitat natural. Ele só é encontrado nos remanescentes da Mata Atlântica do Sudeste do Brasil.
Distribuição Geográfica: Mata Atlântica sensu latu Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo.
Ocorrencia: A área de distribuição do muriqui abrangia o sul do estado da Bahia passando pelos estados do Espirito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais indo até São Paulo, possivelmente ocupou também o Norte do Paraná. Pode ser encontrado habitando matas primárias e secundárias. Atualmente sua população ocupa pequenos fragmentos sendo a maior população conhecida concentra-se no Parque estadual de Carlos Botelho contudo outros estudos são fundamentais para o conhecimento preciso do tamanho de sua população e de sua real área de distribuição atual. Não existem registros recentes da espécie no estado da Bahia. Há registros da ocorrencia da espécie no Parque Nacional do Caparaó (MG/ES), Reserva biológica Augusto Ruschi (ES), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Cunha, Estação Ecológica da Jureia-Itatins, Parque Estadual de Carlos Botelho, Fazenda Inter-Vales, no Estado de São Paulo e Estação Biológica do Sossego, Estação Biológica de Caratinga, Parque Estadual do Rio Doce em Minas Gerais. Características físicas: Maior primata das Américas, endêmico da Mata Atlântica. A cabeça é redonda, o corpo é pesado, os membros são longos e esbeltos; o rabo é mais longo que o corpo, desnudo em baixo perto da ponta, e preênsil.
Pelagem: espessa de coloração amarelada
Cauda: longa preênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e preensora.
Comprimento: Corpo 46 a 63cm. Rabo 65 a 80cm.
Peso: 12kg (fêmeas) e 15kg (machos).
Locomoção: Seu principal modo de locomoção é através da braquiação, realizada através dos membros e mãos alongadas. O polegar é vestigial ou ausente, e a mão é utilizada como gancho.
Alimentação:
Estudos mais detalhados por Milton (1984, 1985) observou que os Muriquis gastam mais de 50 por cento de seu tempo forrageando e alimentando-s de folhas. Também se alimentam de frutas e flores.É um animal que tem características próprias de frugívoros e de folívorosPopulação: Aproximadamente 700 to 2,000 animais (Martuscelli, et al. 1994).Estilo de vida: De acordo com Torres de Assumção (1983) o grupo varia e são encontrados animais de acordo com a distância em que eles percorrem: 7 ou 8 indivíduos em 170 ha., 13 em 105 ha., 12 em 217 ha., e 30 em 580 ha. O grupo com 13 macacos possuem 4 machos de adulto, 4 fêmeas de adulto, e 5 jovem.
Os machos permanecem nos grupos que nascem durante toda a vida, eles são intolerantes com os machos de outros grupos. Segundo Milton (1984, 1985) diariamente movimentam-se durante uma hora e percorre uma média aproximada de 630 metros.
A moradia das fêmeas é calculado para cobrir aproximadamente 70 ha., inclusive uma área de 4 ha. onde o animal descansa freqüentemente e dorme. Não há nenhuma defesa territorial, entretanto há uma hierarquia de domínio entre fêmeas, e machos são dominantes a fêmeas.
Nº DE FILHOTES: O muriqui da a luz a apenas um filhote.
Bibliografia:
The Simon  Schuster, Encyclopedia of Animals
Mamiclan Illustrated, Animal Encyclopedia
Grzimek's Encyclopedia Mammals, Vol 2 e 3
Sites de pesquisa:


sexta-feira, 25 de março de 2011

SOBRE O NOVO CÓDIGO FLORESTAL


       
       Na tarde de ontem (22/03/2011) uma comitiva do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), junto ao deputado Moreira Mendes, entregou ao presidente da Câmara Federal, Marco Maia, uma carta comunicando a importância da votação do Novo Código Florestal. A agenda aconteceu em Brasília como desfecho da reunião do Conseagri, que aconteceu durante todo o dia da última terça-feira no Ministério da Agricultura (Mapa).

       Segundo a Secretária de Agricultura sul-mato-grossense e presidente do Conseagri, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, "a legislação tem de refletir a realidade encontrada no campo. Caso o Substituto do Código Florestal não seja aprovado, 90% dos produtores irão entrar na ilegalidade, pois descumprem, involuntariamente, o Código Florestal em vigor", argumenta ela, explicando a urgência da votação. O conselho pede que a proposta apresentada pelo relator do projeto de reformulação do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo, seja colocada em pauta antes de junho.

       A Câmara dos Deputados criou, a pedido do presidente Marco Maia, uma Câmara de Negociação para debater o Código Florestal. Esta Câmara é composta por ambientalistas, ruralistas, governo e entidades ligadas ao setor.

       Pode ficar para maio a votação do substitutivo do Código Florestal na Câmara dos Deputados. A possibilidade foi levantada por parlamentares em mais uma audiência da Comissão de Meio Ambiente. Nesta quarta, dia 23 de março de 2011, foram ouvidos pesquisadores da área.

       Ambientalistas defenderam que deve haver mais debate. Já representantes do governo de São Paulo apoiaram o substitutivo. Um documento assinado por 30 deputados gaúchos foi entregue ao presidente da Comissão defendendo o texto do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Apesar do acordo entre líderes prever a votação em Plenário ainda em março, não há consenso sobre o prazo. Mesmo o relator admite que haverá alterações.

– Há coisas com as quais estou de acordo e posso dizer que parte disso vai ser acolhido no processo de negociações – informa Rebelo.

       Outro indicativo de que a votação não será em março são os trabalhos da Câmara de Negociação, formada para analisar o tema. A primeira reunião aconteceu nesta terça, dia 22, e o grupo receberá sugestões até o dia 29. De acordo com os deputados, o documento final só deve ficar pronto no meio de abril.

       As propostas de mudança na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 causam intensos debates no Congresso Nacional. As principais controvérsias: manutenção de Reservas Legais (RLs) de 80% no Bioma Amazônico e de 35% no Cerrado presente na Amazônia Legal e a extinção, em todos os Biomas do País, das restrições legais ao uso econômico de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos topos de morros e às margens dos cursos d’água.

       Trata-se de uma disputa histórica. De um lado, ruralistas defendem a diminuição do percentual de RLs. Querem, ainda, modificar-lhes a destinação, o que permitiria o plantio de monoculturas, a exemplo do Dendê. No outro lado, setores do Governo Federal e do movimento ambientalista defendem a aplicação irrestrita do Código Florestal e da Lei de Crimes Ambientais, já regulamentada.

       Percebe-se que o enfoque dos atores envolvidos é a efetividade de RLs e APPs. Limitam-se ao aspecto territorial da questão: presença ou não de áreas especialmente protegidas em propriedades privadas ou públicas. Com esse enfoque, pouco se reflete sobre a eficácia desses importantes mecanismos de realização do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (artigo 225, caput, da Constituição do Brasil).

LEI FEDERAL Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965

Institui o Novo Código Florestal
http://www.saoluis.ma.gov.br/custom_files/File/1965_Lei_Fed_4771%20esse.pdf

terça-feira, 1 de março de 2011

DESTRUIÇÃO DA MATA ATLÂNTICA


A destruição da Mata Atlântica começou no início da colonização européia, com a extração do pau-brasil (Caesalpinia echinata) e continua até os dias atuais, principalmente pela pressão urbana.

A Mata Atlântica originalmente ocupava 16% do território brasileiro, distribuída por 17 Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, e Piauí. Atualmente este ecossistema está reduzido a menos de 7% de sua extensão original, dispostos de forma fragmentada ao longo da costa brasileira, no interior das regiões Sul e Sudeste, além de trechos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior dos estados nordestinos. (MMA, 2000). Do que se perdeu, pouco se sabe, milhares, ou talvez milhões, de espécies não puderam ser conhecidas.

Das espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe edulis), entre muitas outras espécies.

Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação deste ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações remanescentes, em geral, estejam subdivididas e representadas por um número consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991).

Apesar de toda a destruição que o ecossistema vem sofrendo, aproximadamente 100 milhões de brasileiros dependem desta floresta para a produção de água, manutenção do equilíbrio climático e controle da erosão e enchentes. Em 1985, em Cubatão, no litoral do estado de São Paulo, devido à poluição intensa das indústrias da cidade (conhecida, no passado, como Vale da Morte) e às chuvas fortes do mês de fevereiro, houve um enorme deslizamento da Serra do Mar sobre esta cidade, gerando uma situação de calamidade pública. Comunidades tradicionais que habitam áreas costeiras, vem sendo "empurradas" para o interior ou para as grandes capitais por conta do avanço imobiliário nestas regiões.

Principais agressões à Mata Atlântica:

Está sendo derrubada para:

- Extração de madeira;
- Moradia, construção de cidades;
- Agricultura;
- Industrialização, e consequentemente poluição;
- Construção de rodovias.

Além do desmatamento a Mata Atlântica também sofre:

- Pesca predatória;
- Turismo desordenado;
- Comércio ilegal de plantas e animais nativos;
- Exportação ilegal de material genético;
- Fragmentação das áreas preservadas.